terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mais proteção aos… mais protegidos! - Crónica 57

Na semana passada foi assassinado um agente de execução tributária. O único que ocorreu à ministra (e a outros dirigentes) foi: legislar para aumentar a proteção do agente! Como se fossem as palavras escritas num calhamaço, que cada vez menos os cidadãos conhecem, o que aumentasse essa proteção, e como se não houvessem outros problemas a montante.

 (foto: Publico.pt)
É típico do Estado português proceder de ânimo-leve a este tipo de execuções fiscais escudando-se na lei: levam-se casas e outros bens como se tratasse apenas de retirar um doce a uma criança porque este lhe faz mal aos dentes ou estômago, com a subtileza de um elefante numa montra de porcelanas. Veja-se a forma típica de atuação da ASAE, ou recorde-se a condenação do Estado português pelo TEDH, Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, por violar o art.6º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem - todos os cidadãos têm “o direito de ter a sua causa tratada… dentro de um prazo razoável” (JN, 05.12.12). Os tribunais tinham demorado 5 e 10 anos para sentenciar os casos de uma cidadã e de um casal. Pagámos 8500 euros a cada queixoso.

Porque é que não ocorre a nenhum governante perguntar-se sobre o que terá levado um individuo a recorrer a uma arma de fogo para ‘resolver’ o seu problema!?! Provavelmente o homem sofria algum desequilíbrio, mas muito provavelmente agiu também em desespero. Então, a questão deveria passar a ser: de que forma é que uma decisão de um tribunal, e consequente atuação de agentes de execução, levam um individuo ao desespero e que alterações se poderiam promover para o evitar. Muito provavelmente o problema resultou da forma de atuação e não da decisão legal. Ou seja, porque não passar a tratar as pessoas como pessoas e não como ‘animais’ que ‘incomodam’ o sistema!?

De facto, corremos o risco de que com o aumento deste tipo de pressão social, e de imposição do Estado, aquele tipo de casos se venha a multiplicar, independentemente das alterações à lei.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O ‘mnha’ e as TVs nacionais - Crónica 56

O inventor do termo, ou melhor, deste irritante ruido bisilábico destinado a ganhar tempo durante entrevistas ou relatos foi o pivot da … (de qual dos canais?), José Alberto Carvalho. Falo da expressão mnha (cuja derivação pode ser também mnhe). Tal foi a sua difusão entre os atores dos media que, hoje em dia, qualquer jornalista/locutor que se preze não prescinde de utilizar a palavra(?) mnha um par de vezes durante o seu direto. O campeão, atendendo ao número de utilizações do mnha, passou a ser o locutor da TSF, Paulo Cintrão. Não falta um mnha em cada frase sua!
No afã de deixar uma marca pessoal no panorama das comunicações a nível dos media, inventam-se novos termos e expressões e estas, por alguma espécie de osmose verbal, pegam com a facilidade de uma Trepadeira em Sintra e sem discussão. Aqui vão alguns exemplos, passado que está (ou quase) um dos últimos que foi ‘desportos radicais’ (designação destinada a empolar jovens destemidos e a assustar idosos e inativos).

‘Nadador-salvador’: o termo é tão específico que não sei onde o encaixar (para além do âmbito praia) mas um rapaz brasileiro considerou-o de tal forma rebuscado e longo que só lhe ocorreu dizer “Pô, quando um cara acaba de chamar esse nome já tá morrendo afogado”!

‘Janela de oportunidade’: termo normalmente aplicado a atividades dependentes da meteorologia mas rapidamente adaptado para a economia, para o futebol e outros âmbitos…

‘Coredor’ (sim, não é ‘corredor’ é coredor): é o termo preferido, aplicado duas vezes em cada frase, por um comentador desportivo da TSF (havia um outro que dizia 'carborizar' aplicado à prestação de jogadores de futebol).

‘Meios aéreos’: é o termo mais em moda, sobretudo em época de incêndios, e talvez o mais desnecessário. Pergunta a jornalista: “E quantos meios aéreos têm no apoio?” Responde o bombeiro: “Um meio aéreo em operação. E outro meio aéreo a caminho”. Pergunta a jornalista: “E que tipo de meio aéreo?”. Resposta: “O meio aéreo em operação é um helicóptero e o meio aéreo que vem a caminho é… outro helicóptero”. Conclusão: muitas vezes é preferível dizer logo que se tem x aviões e y helicópteros do que andar a brincar com os meios aéreos!  

Por coincidência ou talvez não, tal como o ‘fundador’ do mnha pululou de canal em canal, também a programação dos 3 principais canais nacionais é estranha e diabolicamente similar: dos diretos musicais popularuchos, a partir de aldeias do interior, que ocupam toda a tarde do fim-de-semana; aos noticiários que difundem exatamente as mesmas notícias e entrevistas; aos intervalos de publicidade que coincidem no tempo e são preenchidos pelo mesmo anunciante! Para não falar daquela série que tem um cão polícia mais inteligente que o dono e que agora tem uma versão portuguesa que passa num canal concorrente exatamente à mesma hora do original!
Penso que é por isto, para não morrer de tédio e estupidez, e por nenhuma outra razão que muitos portugueses aderem aos canais por cabo. A grande esperança que era a RTP2, transformou-se agora num canal infantil (com um ‘Zig Zag’ que dura todo o dia). E os miúdos necessitam disso? Aliás, os pais delas aprovarão?
Ainda se discute como reorganizar os canais ‘temáticos’ da RTP… Sou da opinião de juntar a RTP Internacional, África e Noticias num só (partilhando o tempo de emissão) e acabar com a RTP2!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capitalismo, saúde e felicidade… - Crónica 55

Hayek, o proeminente economista austríaco, terá dito em 1932: «Temos a opinião de que, atualmente, muitos dos problemas do mundo são devidos a endividamento imprudente e a gastos imprudentes por parte das autoridades públicas». No ano seguinte, Marriner Eccles, o banqueiro mórmon do Utah, afirmou que «A economia do século XIX já não serve os nossos objetivos – uma era económica com 150 anos de idade chegou ao fim. O sistema capitalista ortodoxo de individualismo incontrolado, com a sua concorrência livre, já não serve os nossos fins.» (em ‘Keynes/Hayek’, de Nicholas Wapshott)

Quase um século depois estamos a viver uma crise semelhante à da Grande Depressão (pós crash de 1929) mas parece que não aprendemos nada com a história. “Repetimos sempre os mesmos erros”, escuta-se quase no final de ‘Cloud Atlas’, um excelente filme (agora nos cinemas) que denuncia as atrocidades dos interesses das petrolíferas.

 
Como se não bastasse, agora temos a prova dos malefícios sociais e mentais provocados pela iniquidade e desigualdade.
Já Alexis de Tocqueville (1805-59) tinha concluído que não são os níveis médios de bem-estar económico que criam confiança, mas sim a igualdade económica: as diferenças materiais só “servem para dividir-nos socialmente”. Agora, os dados apresentados por Richard Wilkinson e Kate Pickett (em ‘The spirit level’) demonstram claramente o porquê de a ‘igualdade ser melhor para todos’ - a ‘igualdade’ é muito mais beneficiosa para todos do que as diferenças levadas ao limite pelo excesso de competição (este trás à tona as piores qualidades do Homem).
Se a relação entre a saúde e a felicidade não é direta, a relação entre saúde e desigualdade, sim! Esta afeta a saúde: “Sabe-se desde há alguns anos que falta de saúde e violência são mais comuns em sociedades mais desiguais”. Agora, António Palha, presidente da comissão organizadora do 8º Congresso Nacional de Psiquiatria, vem alertar para que “a crise pode aumentar as patologias” da saúde mental (DN, 30.11.12) … É que, também já sabemos, o stress psicológico prolongado afeta a maturidade dos humanos e pode causar a sua regressão (ao matar neurónios do hipocampo - a parte decisiva para a aprendizagem e memória).

Estes motivos, são suficientes para defender sociedades mais igualitárias, justamente o contrário do que promovem os nossos ‘imprudentes’ e ignorantes (pois não atendem às lições da história) governantes, alegremente manipulados por um capitalismo desenfreado…

Estes temas são abordados no livro ‘As manias da Paula e as maiores tolices do mundo’ (encomendas ao autor, a 12€ com entrega em mão, ou em http://www.bubok.pt/livros/4919/As-Manias-da-Paula-e-as-Maiores-Tolices-do-Mundo).




 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Justiça perversa! - Crónica 54

A maior injustiça da ‘Justiça’ é que esta culpe inocentes, mas tão mau como isso é que utilize dualidade de critérios no intuito de proteger prevaricadores!

Dois casos ilustrativos passados na Grécia e Itália, que mais parecem típicos de Portugal:
- Um jornalista grego, Costas Vaxevanis, foi acusado de crime por divulgar uma lista com 2059 nomes de empresários, advogados, armadores, médicos e políticos, seus concidadãos, com contas na Suíça! Por um lado as duras políticas de austeridade e, por outro, a evasão fiscal dos ricos e poderosos…
Hmm, deixem-me ver!? Quem é que vamos perseguir e tramar?! … o jornalista!!!
“Em vez de lutar contra os crimes de fraude ao fisco, a justiça ocupa-se de mim, que só me limitei a cumprir o meu dever, o dever de transparência”, terá dito Costas. Ora, a lista foi divulgada por um empregado do banco suíço HSBC e já tinha sido enviada ao governo grego em 2010, por Christine Lagarde (atual diretora do FMI) quando esta era ministra do governo francês. Aparentemente na altura nada foi feito!

Também em Espanha foi recentemente divulgada uma lista semelhante que conclui que 569 políticos espanhóis possuem contas secretas na Suíça (segundo Silvia Pons Olivier, para o New York Times). O New York Times recordou que a informação sobre a ocultação das contas pessoais de Emílio Botín (um dos homens mais ricos de Espanha) foi revelada por um empregado do HSBC após ser despedido. Além de Botín, e sua família, outras 568 pessoas têm contas secretas na Suíça. Entre elas, diversos grandes nomes da vida política e empresarial espanhola (segundo um artigo do sociólogo Vicente Navarro): Artur Mas - o pai do presidente da Generalitat (não faz lembrar a história do Isaltino?!) -, José Maria Aznar (que surpresa!), Maria Dolores de Cospedal (tão santinha que parecia no governo), Rodrigo Rato, Miguel Boyer…
O volume de dinheiro evadido desta forma representa 74% da fraude fiscal em Espanha, segundo a Agencia Tributaria (cerca de 44 mi milhões de euros), no entanto, a maioria das investigações da ‘Fazenda’ recai sobre os autónomos e os profissionais liberais, grupo cuja fraude fiscal representa 8% do total.

Isto não é o cúmulo da perversão!?! Agora, em termos de efeitos práticos…
- Seis - - - Seis sismólogos italianos foram condenados por não prever o terramoto de L’Aquila que, em 2009, vitimou várias pessoas… Os meios científicos mostraram a sua indignação: sabe-se que a ciência ainda não consegue prever sismos com todo o rigor. Carlos Fiolhais, no jornal Público (31.10.12), abre a caixa de Pandora questionando:
“Todos sabemos que, nos terramotos económicos a que temos assistido em Portugal e em Itália, os responsáveis políticos não têm sido acusados de qualquer crime, por ação ou inação. Deveriam ser?”

Iniquidade e perversidade têm caracterizado esta Justiça. Em Portugal acresce a inoperância! Investigar a fraude fiscal da maior fatia do total da evasão e chamar à Justiça os responsáveis é não só imperativo como o modo mais eficiente de repor a equidade.
“Nos últimos 10 anos o Estado gastou 8,5 milhões com pensões de 383 Deputados e 5 milhões de euros com 22.311 pensionistas que ganham até 217 euros” (www.fb.com/demissaopassoscoelho). Investigar sobre o realismo e justiça destes números é um imperativo, e uma forma de mitigar a perversidade do sistema.

sábado, 6 de outubro de 2012

Montanhas e actividades 'ilícitas'... - Crónica 53

Estes tradutores automáticos disponíveis no Office (e na net) são bizarros mas mesmo assim há quem se fie neles, na esperança de que o resultado seja inteligível!

No meu livro ‘Horizonte Branco’ (a sair muito em breve) falo de vários locais por esse mundo fora. Para Charrapunji, o lugar mais húmido do mundo, na Índia, a sugestão de correção foi: ‘farrapinho’!!! Ok, é mesmo parecido!

Já para Snowdonia, o pico mais elevado de Gales, e o segundo do Reino Unido, a sugestão foi um pouco mais comprometedora! Neste caso, muito cuidado, por exemplo, a quem pretenda dar uma classe de geografia para miúdos, utilizando este avançado meio de comunicação. Estive naquele cume montanhoso, mas não tenho nada que ver com a correção proposta que é nada mais que… ‘sodomia’!?!

domingo, 16 de setembro de 2012

Crónicas do Algarve... - Crónica 52









Tesouro esquecido:

Na grande figueira sobre a falésia da praia do Camilo, eu e outro homem estamos empoleirados a colher figos. A mulher deste pergunta ingenuamente: “não será crime?”. Crime é deixá-los cair de podres, respondo eu para o ar. Noutra figueira próxima, igualmente bem abastecida, as ramagens tocam o chão e entre elas, muito papel higiénico!
Ou seja, o tesouro que as pessoas descobriram nestas árvores não é o do néctar que ela nos oferece uma vez por ano mas sim o de refúgio para largar as necessidades… (mesmo que depois comprem o quilo a 5 e 6 euros no supermercado)!

 
Costa de Lagos:

Um novo comandante da Polícia Maritima do Barlavento foi empossado há uma semana, em Portimão. Diz ele que vai manter “tudo igual”.

Semanas antes ouvi por interposta pessoa que um oficial da Marinha se referira ao projecto Paraguaçú de travessia oceanica com um desdenhoso: essas coisas “só nos dão é trabalho”. Pois eu também acho que a Marinha custa muito trabalho ao país! Sabe-se muito pouco daquilo que fazem para além do que gastam em manter onerosas frotas e oficiais em excesso com demasiadas regalias.

O que aquele novo comandante no fundo veio dizer foi: “não vou fazer nada”! Pois eu gostaria muito de deitar mão ao caos que vai na costa de Lagos à conta dos barcos turisticos: a primeira medida seria estabelecer cinturas de circulação com distâncias crescentes relativas às zonas de banhistas, de acordo com a potência dos motores e número de pessoas que transportam. Quanto mais barulhentos mais longe das praias…


Pobres e ecológicos:

No final da ponte estava um homem sentado no chão, boné e muletas ao lado, a mendigar. Despreocupado, lançou uns papéis ao rio! Quis intervir, dizendo “não era preciso fazer isso…”, mas imediatamente me detive. Claro que ao pobre homem, preocupado em sobreviver mais um dia, a poluição e o ambiente não o preocupam. Isso deve ser ‘coisa de ricos’, pensará ele. E tem a sua razão! Como queremos educar a nossa população para as questões ambientais se uma considerável fatia está tão justamente preocupada em ‘chegar ao fim do mês’!? O que é que a expressão 'ecologia' ou ‘reciclagem’ pode ter a dizer a alguma destas pessoas?!

Nestes dias de reivindicações ao Governo, os pobres e os ‘conscientes’ clamam por mais justiça e igualdade. Em Lagos vejo um 'iatista' pagar 3 mil euros de reparações sem pestanejar; vejo um veleiro tão bem ornamentado que cada bóia de amarração (e tem umas 10, pelo menos) veste o seu próprio e dispensável ‘jersey’ com um preço unitário que dava para vestir da cabeça aos pés qualquer necessitado não caprichoso; vejo um enorme iate, bem feio por sinal, registado em Lisboa e com o nome de ‘Bandido’ – e não consigo evitar pensar no proprietário… utilizando o mesmo adjectivo!

 
Miragem:

Ao passar no meu barquito a remos frente a uma enseada entre a falésia, vejo na areia um par de nudistas. Nada de mais. Como de costume dou um mergulho em direção à praia. Ao aproximar-me da margem reparo que são duas ‘fêmeas’! Não há mais ninguém! Mas isto ‘é o sonho de qualquer homem’ – exclamaria o Fernando Alvim (e eu também)! O coração bate disparatadamente mais forte à medida que me aproximo a nadar (uma remeniscência do killer instinct primitivo). A expectativa faz mexer os neurónios… mesmo sabendo que nada vai acontecer! Não é assustador tomar consciência que, como concluiu Ranulfo Romo, a imaginação é muito mais potente do que a realidade como motor do nosso prazer!? É como se de uma droga interna se tratasse. Romo relacionou as expectativas, do ponto de vista neurofisiológico, com a maturidade do cérebro e com a felicidade: ele próprio, do que mais gostava não era falar perante auditórios nem escrever os seus artigos mas sim deter-se um instante e viver no interior do seu cérebro para “visitar os amigos… detectar detalhes… recuperar a vida, recreá-la…”. As nudistas, é ‘claro’ que eram estrangeiras (no caso alemãs). Afinal, estamos no Algarve! Miragem sim, mas não tanto!

 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Porque está cara a gasolina? - Crónica 51

Porque é que a gasolina está cara? Simplesmente porque de facto ela ainda é barata para alguns! Explico: a maioria acha que a gasolina está cara e tenta reduzir o seu consumo para poupar, mas para uma minoria o preço daquela é indiferente e como tal continuam a usá-la como se nada se passasse. Mais, esta minoria consome uma exorbitância por pessoa. De tal forma que o seu consumo por pessoa pode igualar o de dezenas de consumidores ‘normais’ ou, o mesmo que centenas ou milhares de habitantes de países subdesenvolvidos de África.

Quando escrevo isto estou a pensar na quantidade de barcos a motor de lazer, de luxo, que se exibem na costa algarvia. Numa feira náutica em que estive presente, em Lisboa, um representante de motores para barco mostrou-me um exemplar que consumia 60 litros por minuto!!!

É para haver combustível suficiente para estes proprietários consumirem que a gasolina está tão cara para a maioria! Para aqueles, continua a ser barata!

Isto será assim até que se implemente um sistema que regule o consumo desnecessário (ou de lazer), atribuindo a cada pessoa a sua quota de consumo indispensável, a preços razoáveis, para além da qual os preços pudessem então subir para se adequar à procura.

Em ‘As Manias da Paula e as Maiores Tolices do Mundo’ (http://www.bubok.pt/livros/4919/As-Manias-da-Paula-e-as-Maiores-Tolices-do-Mundo), defendi que, se vigora uma lógica do utilizador-pagador nas auto-estradas do país, então “quem mais consome um bem escasso comum, ou quem mais polui, mais deve pagar também! A lógica das economias de escala e dos descontos de quantidade tem que ser invertida no caso dos recursos escassos e bens/matérias-primas cuja obtenção/transformação/consumo causa poluição” e, portanto, um dano a terceiros!