Finalmente que prestam mais atenção àquela que é a casa de metade dos animais e plantas do planeta – 10 milhões de espécies. Mas finalmente, também, porque a Amazónia está à beira de enfrentar um processo de decadência irreversível !
Um novo estudo demonstrou que um terço da floresta Amazónica está em risco de desaparecer até ao final do século, se a temperatura média aumentar 2º (sem contar com a desflorestação provocada pelo Homem) – acontece que a temperatura já aumentou 0,75º. Se chegar a 1º o processo pode tornar-se irreversível …
Depois da proposta conservacionista de Lula da Silva, Presidente do Brasil, também o Princípe Charles de Inglaterra defendeu, na Conferência do Rio de Janeiro (11.03.09), que, tal como pagamos a água, a luz e o gaz também deveriamos pagar uma taxa (‘utility bill’) para preservar o pulmão da Terra.
‘O pulso da Terra’, uma edição especial de 2008 da revista National Geographic, foi dedicada ao novo paradigma do século para a humanidade – "melhorar a qualidade de vida sem destruir o meio ambiente nessa tentativa". Com os alimentos que consumimos, a madeira que cortamos, a água e os minerais que extraímos, "o ser humano utiliza hoje 30 a 50% do que produz o ecosistema global". Números preocupantes revelam do impacto do Homem no planeta Terra: a população humana atingiu a cifra de 6,6 biliões de habitantes; são já 21 as megalópolis (cidades com mais de 10 Milhões de habitantes); transformámos 35% da superficie emersa do planeta em campos de cultivo e pasto para o gado (sendo que grande parte da superficie restante é inóspita e inabitável); há 100 anos, 90% do território da Tailândia estava coberto por florestas, hoje são apenas 20% …. Mas tal crescimento desmesurado não se reflecte em prosperidade geral: os 50% da população mais pobre detém apenas 1% dos recursos mundiais, enquanto o 1% dos mais ricos detém 40% dos recursos; as duas pessoas mais ricas do mundo possuem uma fortuna superior ao PIB combinado dos 45 países mais pobres, enquanto os países do G20 (os mais ricos do mundo) controlam 86% da economia mundial !!! … Mesmo assim, alguns dos estados mais desenvolvidos do planeta ainda reivindicam a posse de porções de território no Ártico, na Antártida e, possivelmente, na Lua! (extracto do meu próximo livro ‘Os Novos Exploradores e a Aventura dos Sentidos’ – mais em http://aventuraaomaximo.blogspot.com).
Esperemos que a Amazónia não continue a contribuir para este cenário. Segundo dados oficiais, 17% do território da Amazónia (área total de 4,1 milhões de km2) foi desflorestado. Só em Junho’08 foi registada a destruição de 870km2 de floresta, uma área superior à da ilha da Madeira (em Maio, essa área equivaleu à da cidade do Rio de Janeiro), para a qual contribuio maioritariamente o Estado de Mato Grosso. Esta desflorestação é responsável por 80% dos gases que provocam o efeito de estufa no Brasil…
A referida proposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi a criação do ‘Fundo Amazónia’ (a 1.Agosto.08, por decreto presidencial). Este fundo de gestão independente por parte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social), com um capital previsto de 900 milhões de dólares (os 100M iniciais doados pela Noruega), tem por objectivos: financiar actividades sustentáveis e outras práticas ambientalmente correctas (incluindo pesquisa científica e tecnológica de apoio a tais práticas), investir em acções de prevenção, monitorização e combate à desflorestação no Brasil.
Para a Greenpeace Brasil, a criação deste fundo significa a aceitação da "relação entre o aquecimento global e a preservação da floresta" por parte do governo. Para um comentador (Gamarra, in FolhaOnline) não é mais do que um derroche – desde 2006 o governo distribuío mais de 532 milhões de Reais por 350 ONG’s que trabalham na Amazónia (só a Fundação Poceti foi ‘agraciada’ com 3,9M). "E a farra com o dinheiro público continua …", concluía …
Apenas podemos tentar imaginar os niveis de corrupção na América Latina. Mas, apesar da ‘gestão independente’ do BNDES, seria melhor que os contribuintes do fundo tivessem acesso a algum tipo de controle, tivessem o direito e o dever de conhecer em detalhe as aplicações e os resultados desses dinheiros. Tal como seria melhor que as contribuições fossem fixadas por país (de acordo com o seu nível de poluição, por exemplo), no sentido da proposta do Princípe Carlos …
(fontes: www.folha.uol.com.br de 31.07.08; http://diariodonordeste.globo.com/cadernos/internacional de 04.08.08; http://noticias.terra.com.br de 05.08.08; http://ww1.rtp.pt/noticias/ de 07.08.08)
segunda-feira, 30 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
Valores equivocados II ! – Crónica 14 (sequência da Crónica 10 e 13)
Capitalismo em perigo ? Foi uma das perguntas mais frequentes que acompanhou o desenvolvimento da crise internacional actual. Creio que nos moldes actuais, sim. Penso que é hora de perceber que o sistema económico-financeiro não pode ser mais importante do que o sistema social de cada nação. As pessoas devem ser sempre o mais importante (não me refiro ao seu enriquecimento continuo e ilimitado, mas à garantia de cuidados minimos – alimentação, abrigo, saúde, educação e justiça) e aquele sistema deve ser uma ferramenta ao serviço destas, e não um brinquedo que alguns sabem (podem) manejar e utilizam em seu exclusivo beneficio (afinal de contas muitos limitam-se a explorar as riquezas naturais do planeta, que deviam ser cuidado e beneficio de todos).
O neo-liberalismo aplicado ao capitalismo cria uma espiral de euforia descontrolada (para não dizer uma selva) e aumenta a diferença de oportunidades e de nivel de vida entre ricos e pobres.
Isto, para dizer que concordo com um capitalismo mais controlado, balizado em determinados limites, para servir toda uma sociedade e não apenas alguma ‘elite’ mais directamente envolvida. Os americanos defendem o seu Capitalismo, como se este fosse o sistema politico que define aquele país. Esquecem-se que a Democracia é esse sistema. E que o capitalismo devia ser uma ferramenta ao serviço daquele. Também os pregões da democracia francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – estão em perigo, ofuscados que ficam pela pujança avassaladora do sistema económico baseado no capital.
Mas os ‘culpados’ não são apenas os politicos e os empresários, mas todos nós que embarcamos no vórtice de consumo desnecessário. Seja por ignorância, por desleixo ou, muitas vezes, apenas porque estamos ‘aborrecidos’ …
A CNN apresentou uma peça com Kevin Cross - o ‘money missionaire’ (missionário do dinheiro). Tal como um pregador das novas religiões, Kevin lança um wake-up call para os maleficios do consumismo, levando as pessoas a queimar os seus cartões de crédito, com a simples filosofia de que ‘se não tens dinheiro não compras’ – muitas pessoas que aderem dizem que se sentem como que libertas de um vício …
O neo-liberalismo aplicado ao capitalismo cria uma espiral de euforia descontrolada (para não dizer uma selva) e aumenta a diferença de oportunidades e de nivel de vida entre ricos e pobres.
Isto, para dizer que concordo com um capitalismo mais controlado, balizado em determinados limites, para servir toda uma sociedade e não apenas alguma ‘elite’ mais directamente envolvida. Os americanos defendem o seu Capitalismo, como se este fosse o sistema politico que define aquele país. Esquecem-se que a Democracia é esse sistema. E que o capitalismo devia ser uma ferramenta ao serviço daquele. Também os pregões da democracia francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – estão em perigo, ofuscados que ficam pela pujança avassaladora do sistema económico baseado no capital.
Mas os ‘culpados’ não são apenas os politicos e os empresários, mas todos nós que embarcamos no vórtice de consumo desnecessário. Seja por ignorância, por desleixo ou, muitas vezes, apenas porque estamos ‘aborrecidos’ …
A CNN apresentou uma peça com Kevin Cross - o ‘money missionaire’ (missionário do dinheiro). Tal como um pregador das novas religiões, Kevin lança um wake-up call para os maleficios do consumismo, levando as pessoas a queimar os seus cartões de crédito, com a simples filosofia de que ‘se não tens dinheiro não compras’ – muitas pessoas que aderem dizem que se sentem como que libertas de um vício …
quinta-feira, 19 de março de 2009
Os valores das sociedades ‘modernas’ – Crónica 13
"As árvores não crescem até ao céu", era uma metáfora que se escutava com frequência da boca dos entendidos da Bolsa de Valores. Significa que o valor das acções não aumenta indefinidamente. Tal como as árvores e as acções da Bolsa, também as economias do mundo não o fazem. E tanto mais perigoso se torna o processo quando essas economias crescem a taxas elevadas porque será mais dificil manter esses niveis de crescimento.
O nivel elevado de crescimento de uma economia só é ‘sustentável’ enquanto existir ‘combustível’ para o alimentar (nesta caso o combustível são os consumidores). Nas economias ocidentais, em que uma elevada percentagem da população já tem um pouco de tudo o que é oferecido pelo mercado (qualquer ‘careta’ tem um Mercedes, se quiser), o que faz falta para alimentar os delirios megalómanos de empresários insaciáveis e a visão limitada de politicos irresponsáveis, é criar novos consumidores (ou aumentar o nível de consumo, recorrendo ao endividamento por exemplo). Para tal assistimos a estratégias e apelos descabelados ao consumismo: "because some of us were born to shop" (‘porque alguns de nós nasceram para fazer compras’ !!!), é a solução da Fly Emirates; incentivos à natalidade, é a politica de empresas japonesas; …
A CNN noticiou criticas generalizadas à suposta sumptuosa festa de aniversário do líder governamental do Zimbabué, Robert Mugabe, numa altura em que o seu povo atravessa momentos de extrema carência … Mas o que fazem alguns governos de economias capitalistas do ocidente não é exactamente o mesmo, só que numa outra dimensão ? A classe politica (em especial ao nivel das autarquias) vive um dia-a-dia de luxo, enquanto inúmeras familias lutam pela sobrevivência …. O ‘G7’ representa a maior contradição (e uma face ‘horrenda’) deste mesmo sistema materialista. O que é que os 7 países mais ricos do mundo vão discutir quando se juntam, senão a forma de perpetuar o seu status, ou aumentar a sua riqueza !?! Como ajudar os países pobres ? Neste caso não tinham porque se juntar apenas os 7 mais ricos, pois não !?
O mundo capitalista, com os países anglo-saxónicos (EUA em especial) à cabeça, admira e premeia a posse de riqueza pessoal (não importa como), como se isso fosse o mais alto ‘valor’ a que se pode aspirar (a revista Forbes apresentou a lista dos novos bilionários, incluindo um dealer de droga mexicano !?! – o 700º mais rico do mundo). Temos um exemplo muito melhor de equilibrio e justiça social, vindo dos países nórdicos, e o mundo não tem porque seguir o exemplo dos EUA apenas porque eles são … mais espalhafatosos !
Vivemos num sistema em que os ‘poderosos’ tentam manter o seu status. O anti-proteccionismo (que os EUA tanto apregoam) é apenas mais uma arma das grandes potências económicas à disposição das suas multinacionais para o conseguir (entrando em novos mercados e aumentando as vendas). Mas onde é que está a justiça de uma mega-corporação (eventualmente ajudada pelo seu governo) entrar num pequeno país a concorrer com empresas de pequena dimensão aí existentes ???
O sistema alimenta-se a si próprio à custa de mais consumidores ou de mais consumo, num ciclo vicioso tipo Dona Branca, em que os últimos ficam a perder. Neste momento parece que ainda falta para se chegar aos ‘últimos’ pois das economias ‘emergentes’ surgem novas vagas de consumidores sedentos. O problema está no lado dos recursos: por um lado estima-se o limíte de alguns recursos naturais e por outro, a sobre-exploração dos mesmos acelera exponencialmente o processo de degradação do planeta …
A Dona Branca foi presa. O Bernard Madoff também. Mas o ciclo vicioso em que cairam as economias ocidentais é exactamente o mesmo … Ou seja, estão a ser apressadamente esgotados os recursos naturais que poderiam assegurar um futuro mais tranquilo, para alimentar a riqueza desmesurada de uns poucos no presente (ignorando que esses recursos deviam pertencer a todos). Em Londres, um musico bem vestido faz chacota da situação de crise internacional actual, tocando violino na rua para obter ‘gorgeta’ e expondo um cartaz elucidativo onde se lê: ‘tenho um yacht caro para sustentar…’, como quem diz com ironia clara, "por favor alimentem o meu vicio…".
Em vez de encorajar o consumismo (alimento do ego e do capricho de alguns), não seria o momento de dar atenção à ‘consciência social’ e de repensar o nosso padrão de consumo reflectindo sobre a espiral depredatória do planeta e sobre as vantagens da distribuição mais equitativa, e comedida, da riqueza ?
O nivel elevado de crescimento de uma economia só é ‘sustentável’ enquanto existir ‘combustível’ para o alimentar (nesta caso o combustível são os consumidores). Nas economias ocidentais, em que uma elevada percentagem da população já tem um pouco de tudo o que é oferecido pelo mercado (qualquer ‘careta’ tem um Mercedes, se quiser), o que faz falta para alimentar os delirios megalómanos de empresários insaciáveis e a visão limitada de politicos irresponsáveis, é criar novos consumidores (ou aumentar o nível de consumo, recorrendo ao endividamento por exemplo). Para tal assistimos a estratégias e apelos descabelados ao consumismo: "because some of us were born to shop" (‘porque alguns de nós nasceram para fazer compras’ !!!), é a solução da Fly Emirates; incentivos à natalidade, é a politica de empresas japonesas; …
A CNN noticiou criticas generalizadas à suposta sumptuosa festa de aniversário do líder governamental do Zimbabué, Robert Mugabe, numa altura em que o seu povo atravessa momentos de extrema carência … Mas o que fazem alguns governos de economias capitalistas do ocidente não é exactamente o mesmo, só que numa outra dimensão ? A classe politica (em especial ao nivel das autarquias) vive um dia-a-dia de luxo, enquanto inúmeras familias lutam pela sobrevivência …. O ‘G7’ representa a maior contradição (e uma face ‘horrenda’) deste mesmo sistema materialista. O que é que os 7 países mais ricos do mundo vão discutir quando se juntam, senão a forma de perpetuar o seu status, ou aumentar a sua riqueza !?! Como ajudar os países pobres ? Neste caso não tinham porque se juntar apenas os 7 mais ricos, pois não !?
O mundo capitalista, com os países anglo-saxónicos (EUA em especial) à cabeça, admira e premeia a posse de riqueza pessoal (não importa como), como se isso fosse o mais alto ‘valor’ a que se pode aspirar (a revista Forbes apresentou a lista dos novos bilionários, incluindo um dealer de droga mexicano !?! – o 700º mais rico do mundo). Temos um exemplo muito melhor de equilibrio e justiça social, vindo dos países nórdicos, e o mundo não tem porque seguir o exemplo dos EUA apenas porque eles são … mais espalhafatosos !
Vivemos num sistema em que os ‘poderosos’ tentam manter o seu status. O anti-proteccionismo (que os EUA tanto apregoam) é apenas mais uma arma das grandes potências económicas à disposição das suas multinacionais para o conseguir (entrando em novos mercados e aumentando as vendas). Mas onde é que está a justiça de uma mega-corporação (eventualmente ajudada pelo seu governo) entrar num pequeno país a concorrer com empresas de pequena dimensão aí existentes ???
O sistema alimenta-se a si próprio à custa de mais consumidores ou de mais consumo, num ciclo vicioso tipo Dona Branca, em que os últimos ficam a perder. Neste momento parece que ainda falta para se chegar aos ‘últimos’ pois das economias ‘emergentes’ surgem novas vagas de consumidores sedentos. O problema está no lado dos recursos: por um lado estima-se o limíte de alguns recursos naturais e por outro, a sobre-exploração dos mesmos acelera exponencialmente o processo de degradação do planeta …
A Dona Branca foi presa. O Bernard Madoff também. Mas o ciclo vicioso em que cairam as economias ocidentais é exactamente o mesmo … Ou seja, estão a ser apressadamente esgotados os recursos naturais que poderiam assegurar um futuro mais tranquilo, para alimentar a riqueza desmesurada de uns poucos no presente (ignorando que esses recursos deviam pertencer a todos). Em Londres, um musico bem vestido faz chacota da situação de crise internacional actual, tocando violino na rua para obter ‘gorgeta’ e expondo um cartaz elucidativo onde se lê: ‘tenho um yacht caro para sustentar…’, como quem diz com ironia clara, "por favor alimentem o meu vicio…".
Em vez de encorajar o consumismo (alimento do ego e do capricho de alguns), não seria o momento de dar atenção à ‘consciência social’ e de repensar o nosso padrão de consumo reflectindo sobre a espiral depredatória do planeta e sobre as vantagens da distribuição mais equitativa, e comedida, da riqueza ?
quarta-feira, 11 de março de 2009
Glaciares Património da Humanidade – Crónica 12
Desde 2007, a area da paisagem protegida Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn foi aumentada de 539 km2 para 824 km2. Desta área, equivalente a 2% da superfície da Suiça (41.293 km2), 350 km2 está coberta de gêlo. 43% da área total pertence ao cantão de Berna e 57% ao cantão de Wallis. No entanto, foram 26 as comunidades locais que assinaram a declaração de compromisso para preservar a diversidade e singularidade do Sitio Património da Humanidade, como legado para as gerações futuras. A área do sitio natural inclui mais de 15 glaciares, entre os quais o mais longo da Europa – o ‘Grosser Aletschgletscher’ que, com uma superfície de 80 km2, se extende por 23 km, entre o sistema Jungfrau-Mönch e o vale do Reno. No centro deste campo de neve, o lençol de gêlo pode atingir 900 metros de espessura. O glaciar move-se vale-a-baixo a uma velocidade de 180 metros por ano mas, devido ao ‘Aquecimento Global’, ele está a retroceder entre cerca de 30 e 75 metros por ano. O limite da lingua do glaciar encontra-se agora a cerca de 1.560 metros de altitude.
Um especialista suiço em glaciologia, Tom Imbaumgartner, de Berna, disse-me que anteriormente a variação dos glaciares era medida na sua extensão, mas hoje sabe-se que a perda de um glaciar em espessura (altura) é muito mais importante.
A face norte das altas montanhas, como a Jungfrau (4.158m) e a Eiger (3.970m), constituem uma barreira natural abrupta que separa os glaciares, a sul, dos lagos e colinas verdejantes, a norte. Nas encostas dos 5 vales que se extendem a sul de Bietschhorn, como os dedos de uma mão, o cenário alpino transforma-se gradualmente, para dar lugar a uma estepe rochosa submediterrânica (no vale do Reno – Wallis). Entre estas barreiras geográficas, 90% da superfície é coberta de rocha e gêlo. Estima-se que a quantidade de gêlo atinga as 27 milhões de toneladas.
Outros pontos altos da região que desde sempre atraiu inumeros personagens do mundo das artes e da politica (o compositor alemão Felix Mendelsshon, o principe japonês Yuko Maki, Lord Byron, o estadista Winston Churchill), são: o Jungfraujoch, ou ‘Top of Europe’, a estação de comboios mais elevada da Europa (3.454m), que demorou 16 anos a terminar (em 1921), depois de evoluir pelas entranhas das montanhas Eiger e Mönch; a famosa face norte da Eiger – uma parede vertical de 1.800m sobre Grindelwald, que fascina os visitantes e foi escalada por primeira vez em 1938 (pelos alemães Andreas Heckmair e Ludwig Vörg e pelos austriacos Heinrich Harrer e Fritz Kasparek); a floresta de Aletsch – em redor da lingua do glaciar a singular população de Pinus cembra tem exemplares com 600 e 700 anos; o vale das cascatas – as faces rochosas da Jungfrau caem abruptamente sobre o vale de Lauterbrunnen com rochedos de 700 metros que formam dezenas de cascatas, entre as quais a mais conhecida, Trümmelbach Falls; também o jardim alpino natural (Alpengarten) de Schynige Platte, o lago Oeschinen, os cristais de Gertenegg, o restaurante rotativo de Schilthorn a 2.900 de altitude (onde foi rodado um filme de James Bond), …
O Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn foi o primeiro Sitio Natural dos Alpes a ser nomeado Património da Humanidade da UNESCO (United Nations Educational Scientific and Cultural Organization). Atributos como ‘extraordinary’, ‘outstanding’ e ‘universal’, requeridos pelo Comité, permitiram a entrada deste sitio (em 2001), para o exclusivo clube que inclui outros fenómenos naturais únicos como os que se encontram no Parque Nacional Yellowstone, nos Everglades, no Serengeti, nas Ilhas Galápagos, no Grande Canyon ou na Grande Barreira de Coral…. A lista de Sitios Património da Humanidade da UNESCO, somava 878 locais (em 2008), dos quais 174 eram sitios naturais. Apenas 25 países estão representados nas duas categorias (sitios culturais e sitios naturais). A Suiça é um deles, com 6 Sitios Culturais (Antigo Centro da cidade de Berna; Convento de St. Gallen; Convento Benedictino de S. João em Müstair, Engadin; 3 Castelos de Bellinzona; Caminhos de Ferro Rhätische de Albula, Bernina; Vinhedos nos terraços de Lavaux); e 3 Sitios Naturais (Jungfrau-Aletsch, Monte San Giorgio, em Ticino, Arena Tectónica de Sardona). Mais detalhes em www.welterbe.ch, www.pronatura.ch/aletsch/ e http://glaciology.ethz.ch. Portugal está representado por 13 sitios, sendo a Floresta de Laurisilva da Madeira o único sitio natural.
O glaciar de Aletsch, será objecto da primeira viagem (prevista para Junho’09) do projecto ‘Ice Care’, em que estou envolvido. Trata-se de um dos 5 glaciares Património Mundial da UNESCO, em perigo, aos quais eu e o Zé Maria pretendemos realizar uma visita. Os objectivos desta acção são: alertar para a rápida redução da massa dos glaciares em resultado do ‘Aquecimento Global’, e consciencializar as populações para a necessidade da conservação e defesa do ambiente, racionalizando a actual exploração desenfreada de recursos naturais fósseis (poluentes) e optando pela alternativa das energias renováveis. Ver mais em http://icecare.blogspot.com e http://icecare.blogs.sapo.pt.
Um especialista suiço em glaciologia, Tom Imbaumgartner, de Berna, disse-me que anteriormente a variação dos glaciares era medida na sua extensão, mas hoje sabe-se que a perda de um glaciar em espessura (altura) é muito mais importante.
A face norte das altas montanhas, como a Jungfrau (4.158m) e a Eiger (3.970m), constituem uma barreira natural abrupta que separa os glaciares, a sul, dos lagos e colinas verdejantes, a norte. Nas encostas dos 5 vales que se extendem a sul de Bietschhorn, como os dedos de uma mão, o cenário alpino transforma-se gradualmente, para dar lugar a uma estepe rochosa submediterrânica (no vale do Reno – Wallis). Entre estas barreiras geográficas, 90% da superfície é coberta de rocha e gêlo. Estima-se que a quantidade de gêlo atinga as 27 milhões de toneladas.
Outros pontos altos da região que desde sempre atraiu inumeros personagens do mundo das artes e da politica (o compositor alemão Felix Mendelsshon, o principe japonês Yuko Maki, Lord Byron, o estadista Winston Churchill), são: o Jungfraujoch, ou ‘Top of Europe’, a estação de comboios mais elevada da Europa (3.454m), que demorou 16 anos a terminar (em 1921), depois de evoluir pelas entranhas das montanhas Eiger e Mönch; a famosa face norte da Eiger – uma parede vertical de 1.800m sobre Grindelwald, que fascina os visitantes e foi escalada por primeira vez em 1938 (pelos alemães Andreas Heckmair e Ludwig Vörg e pelos austriacos Heinrich Harrer e Fritz Kasparek); a floresta de Aletsch – em redor da lingua do glaciar a singular população de Pinus cembra tem exemplares com 600 e 700 anos; o vale das cascatas – as faces rochosas da Jungfrau caem abruptamente sobre o vale de Lauterbrunnen com rochedos de 700 metros que formam dezenas de cascatas, entre as quais a mais conhecida, Trümmelbach Falls; também o jardim alpino natural (Alpengarten) de Schynige Platte, o lago Oeschinen, os cristais de Gertenegg, o restaurante rotativo de Schilthorn a 2.900 de altitude (onde foi rodado um filme de James Bond), …
O Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn foi o primeiro Sitio Natural dos Alpes a ser nomeado Património da Humanidade da UNESCO (United Nations Educational Scientific and Cultural Organization). Atributos como ‘extraordinary’, ‘outstanding’ e ‘universal’, requeridos pelo Comité, permitiram a entrada deste sitio (em 2001), para o exclusivo clube que inclui outros fenómenos naturais únicos como os que se encontram no Parque Nacional Yellowstone, nos Everglades, no Serengeti, nas Ilhas Galápagos, no Grande Canyon ou na Grande Barreira de Coral…. A lista de Sitios Património da Humanidade da UNESCO, somava 878 locais (em 2008), dos quais 174 eram sitios naturais. Apenas 25 países estão representados nas duas categorias (sitios culturais e sitios naturais). A Suiça é um deles, com 6 Sitios Culturais (Antigo Centro da cidade de Berna; Convento de St. Gallen; Convento Benedictino de S. João em Müstair, Engadin; 3 Castelos de Bellinzona; Caminhos de Ferro Rhätische de Albula, Bernina; Vinhedos nos terraços de Lavaux); e 3 Sitios Naturais (Jungfrau-Aletsch, Monte San Giorgio, em Ticino, Arena Tectónica de Sardona). Mais detalhes em www.welterbe.ch, www.pronatura.ch/aletsch/ e http://glaciology.ethz.ch. Portugal está representado por 13 sitios, sendo a Floresta de Laurisilva da Madeira o único sitio natural.
O glaciar de Aletsch, será objecto da primeira viagem (prevista para Junho’09) do projecto ‘Ice Care’, em que estou envolvido. Trata-se de um dos 5 glaciares Património Mundial da UNESCO, em perigo, aos quais eu e o Zé Maria pretendemos realizar uma visita. Os objectivos desta acção são: alertar para a rápida redução da massa dos glaciares em resultado do ‘Aquecimento Global’, e consciencializar as populações para a necessidade da conservação e defesa do ambiente, racionalizando a actual exploração desenfreada de recursos naturais fósseis (poluentes) e optando pela alternativa das energias renováveis. Ver mais em http://icecare.blogspot.com e http://icecare.blogs.sapo.pt.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Símbolos da Suiça !! – Crónica 11
Os suiços são peritos em criar e vender símbolos ‘made in Switzerland’ !
Relógios de pulso (e de cuco), chocolates, queijos, canivetes, bancos, equipamentos desportivos, cães, comboios, montanhas, percursos, resorts, hóteis, destinos, … Sejam os destinos St. Moritz, Zermatt e Davos, ou os cães São Bernardo. Os chocolates Lindt e Toblerone ou os canivetes suiços multifunções (Vitorinox e Wenger). O percurso pedestre Via Alpina, as botas Lowa ou os bastões Leki. As montanhas Jungfrau, Eiger e Matterhorn, o queijo Emmental, o fondue, os chalets, a musica popular yoddle … Os suiços são especialistas em desenvolver marcas reconhecidas internacionalmente e à cabeça estão conhecidas multinacionais como a Nestlé (chocolates, cereais, lácteos …), ou as relojoeiras Omega, Tissot, Rado, Breitling ou Swatch (esta também no ramo automóvel) ...
O Carnaval de Berna arrisca-se a tornar-se em mais um desses simbolos: decorreu no último fim de semana, concentrando-se no centro histórico da cidade (património cultural da humanidade, da UNESCO); os disfarces são muitissimo criativos, a animação é genuina e, para tal, contribuem algumas fanfarras locais que se sucedem a tocar (não em desfile mas em 3 ou 4 palcos fixos), non-stop ao longo de 3 dias …
Relógios de pulso (e de cuco), chocolates, queijos, canivetes, bancos, equipamentos desportivos, cães, comboios, montanhas, percursos, resorts, hóteis, destinos, … Sejam os destinos St. Moritz, Zermatt e Davos, ou os cães São Bernardo. Os chocolates Lindt e Toblerone ou os canivetes suiços multifunções (Vitorinox e Wenger). O percurso pedestre Via Alpina, as botas Lowa ou os bastões Leki. As montanhas Jungfrau, Eiger e Matterhorn, o queijo Emmental, o fondue, os chalets, a musica popular yoddle … Os suiços são especialistas em desenvolver marcas reconhecidas internacionalmente e à cabeça estão conhecidas multinacionais como a Nestlé (chocolates, cereais, lácteos …), ou as relojoeiras Omega, Tissot, Rado, Breitling ou Swatch (esta também no ramo automóvel) ...
O Carnaval de Berna arrisca-se a tornar-se em mais um desses simbolos: decorreu no último fim de semana, concentrando-se no centro histórico da cidade (património cultural da humanidade, da UNESCO); os disfarces são muitissimo criativos, a animação é genuina e, para tal, contribuem algumas fanfarras locais que se sucedem a tocar (não em desfile mas em 3 ou 4 palcos fixos), non-stop ao longo de 3 dias …
segunda-feira, 2 de março de 2009
Valores equivocados !! - Crónica 10
Especialmente em tempos de crise acentuada, sobressaem os valores equivocados de uma sociedade. O capitalismo, se por um lado deixa realçar algumas das melhores caracteristicas do homem (iniciativa, engenhosidade, visão), por outro lado, sobretudo na sua faceta neo liberal, deixa ressaltar o pior das caracteristicas humanas (vaidade, ostentação, capricho, inveja, ganância, avareza, injustiça, desigualdade, …).
O Presidente da FPF, Gilberto Madail, veio à televisão pedir ‘desculpas’ aos portugueses pela derrota de 6-2 da selecção nacional contra a congénere brasileira. Na selecção inglesa de cricket falou-se de ‘vergonha nacional’ pela derrota a zero com a selecção das West Indies. Jornalistas do canal CNN deram mais de 10 minutos seguidos (fora as repetições) de tempo de antena, chamaram-lhe ‘top story’ e utilizaram expressões como ‘astonishing’ e ‘chocante’ para retratar o despedimento súbito de Luis Filipe Scolari das suas funções de treinador da equipa inglesa de futebol, Chelsea !?!?! Isto não é um exagero ? Trata-se apenas de um jogo. Porque é que se deposita o orgulho nacional num jogo e não na condição de vida das familias desfavorecidas.
Sempre gostei de futebol. De jogar e de assistir a ‘matches’ importantes. Mas recuso-me a discutir futebol. Penso que nenhum desporto deve merecer tanta atenção, ao ponto de entrar em detalhes ridiculos do tipo ‘o Figo constipou-se’ ou ‘Sá Pinto comeu um bife com molho de cogumelos…’. Penso que este desporto, como qualquer outro, não dever receber mais atenção do que outros assuntos sociais mais sérios e importantes, quando há pessoas a viver na miséria e, sobretudo em tempos de crise, quando estas situações se multiplicam e um crescente número de desempregados será forçado a enfrentar desafios de sobrevivência. Tal como muita gente, surpreendo-me com o tempo de antena que o futebol recebe nas televisões. Ou, quando este tema serve de noticia de abertura de qualquer serviço noticioso … Os jornalistas e os responsáveis de programação dos canais televisivos tem responsabilidades elevadas nesta matéria. E a desculpa de que ‘damos o que o público quer receber’, simplesmente não pega! Porque há públicos para tudo e muito público consome e aceita muito do que se lhe dá. Muitas vezes independentemente da qualidade, simplesmente porque é o que há no momento. Se se tratar de um mau filme de cinema ou de um artista musical de qualidade duvidosa, desde que bem promovido na televisão, será geralmente aceite.
Há uns anos, o número de casas de habitação em Portugal representava uma média de 3 casas por habitante. Pense-se no número de pessoas que não tem casa própria para imaginar o número de casas que podem chegar a ter apenas algumas pessoas … !!! Simultâneamente, têem-se ouvido noticias de gastos elevadissimos em bens materiais que não representam mais do que caprichos infantis para quem os adquire e significam a verdadeira vergonha para quem nunca poderá aspirar a ganhar esses valores numa vida e pode chegar a ter dificuldades para pagar uma alimentação adequada. Eis exemplos desses gastos, dos quais estou a reunir uma súmula para um eventual livro, a que chamarei "As maiores tolices do mundo": 200.000 euros - valor gasto no equipamento de uma cozinha por um casal alemão (Jan.09); 1,1 milhões de dólares - valor pago pela aquisição de um quadro de Vladimir Putin (representando uma janela); 14 milhões de dólares - valor pago pela matricula automóvel com o número ‘1’, nos EUA; 155.000 dólares – valor pago por uma familia pelo clone do seu cão Lancelot; 87.000 dólares – valor gasto num tapete pelo CEO da Merryl Linch, banco que faliu e pertence agora ao Bank of America (não admira … !!!). Para não falar do escândalo dos bónus que receberam altos quadros dos bancos e empresas americanas em dificuldades, com dinheiro dos contribuintes … !?!
Se o jornalismo pretende aspirar a ter um papel sério na contribuição para a justiça numa nação, é nos temas sociais que realmente caracterizam uma sociedade que deve investir mais tempo. Investigando, chamando a atenção para situações de pessoas em dificuldades e deixando de retratar algumas excentricidades com deferência submissa, mas salientando o seu lado repulsivo. A bem de valores mais nobres e da justiça social …
O Presidente da FPF, Gilberto Madail, veio à televisão pedir ‘desculpas’ aos portugueses pela derrota de 6-2 da selecção nacional contra a congénere brasileira. Na selecção inglesa de cricket falou-se de ‘vergonha nacional’ pela derrota a zero com a selecção das West Indies. Jornalistas do canal CNN deram mais de 10 minutos seguidos (fora as repetições) de tempo de antena, chamaram-lhe ‘top story’ e utilizaram expressões como ‘astonishing’ e ‘chocante’ para retratar o despedimento súbito de Luis Filipe Scolari das suas funções de treinador da equipa inglesa de futebol, Chelsea !?!?! Isto não é um exagero ? Trata-se apenas de um jogo. Porque é que se deposita o orgulho nacional num jogo e não na condição de vida das familias desfavorecidas.
Sempre gostei de futebol. De jogar e de assistir a ‘matches’ importantes. Mas recuso-me a discutir futebol. Penso que nenhum desporto deve merecer tanta atenção, ao ponto de entrar em detalhes ridiculos do tipo ‘o Figo constipou-se’ ou ‘Sá Pinto comeu um bife com molho de cogumelos…’. Penso que este desporto, como qualquer outro, não dever receber mais atenção do que outros assuntos sociais mais sérios e importantes, quando há pessoas a viver na miséria e, sobretudo em tempos de crise, quando estas situações se multiplicam e um crescente número de desempregados será forçado a enfrentar desafios de sobrevivência. Tal como muita gente, surpreendo-me com o tempo de antena que o futebol recebe nas televisões. Ou, quando este tema serve de noticia de abertura de qualquer serviço noticioso … Os jornalistas e os responsáveis de programação dos canais televisivos tem responsabilidades elevadas nesta matéria. E a desculpa de que ‘damos o que o público quer receber’, simplesmente não pega! Porque há públicos para tudo e muito público consome e aceita muito do que se lhe dá. Muitas vezes independentemente da qualidade, simplesmente porque é o que há no momento. Se se tratar de um mau filme de cinema ou de um artista musical de qualidade duvidosa, desde que bem promovido na televisão, será geralmente aceite.
Há uns anos, o número de casas de habitação em Portugal representava uma média de 3 casas por habitante. Pense-se no número de pessoas que não tem casa própria para imaginar o número de casas que podem chegar a ter apenas algumas pessoas … !!! Simultâneamente, têem-se ouvido noticias de gastos elevadissimos em bens materiais que não representam mais do que caprichos infantis para quem os adquire e significam a verdadeira vergonha para quem nunca poderá aspirar a ganhar esses valores numa vida e pode chegar a ter dificuldades para pagar uma alimentação adequada. Eis exemplos desses gastos, dos quais estou a reunir uma súmula para um eventual livro, a que chamarei "As maiores tolices do mundo": 200.000 euros - valor gasto no equipamento de uma cozinha por um casal alemão (Jan.09); 1,1 milhões de dólares - valor pago pela aquisição de um quadro de Vladimir Putin (representando uma janela); 14 milhões de dólares - valor pago pela matricula automóvel com o número ‘1’, nos EUA; 155.000 dólares – valor pago por uma familia pelo clone do seu cão Lancelot; 87.000 dólares – valor gasto num tapete pelo CEO da Merryl Linch, banco que faliu e pertence agora ao Bank of America (não admira … !!!). Para não falar do escândalo dos bónus que receberam altos quadros dos bancos e empresas americanas em dificuldades, com dinheiro dos contribuintes … !?!
Se o jornalismo pretende aspirar a ter um papel sério na contribuição para a justiça numa nação, é nos temas sociais que realmente caracterizam uma sociedade que deve investir mais tempo. Investigando, chamando a atenção para situações de pessoas em dificuldades e deixando de retratar algumas excentricidades com deferência submissa, mas salientando o seu lado repulsivo. A bem de valores mais nobres e da justiça social …
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