O mundo está cheio de ‘tolices’! Sempre há alguma coisa que parece tola aos olhos de alguém. O problema de definir o que é uma ‘tolice’, é que não há uma medida exacta para o senso comum. Por vezes trata-se quase de uma questão de gostos, ou seja, reduz-se a avaliações pessoais. E para os gostos estão as cores! No entanto, há atitudes e comportamentos que são alvo de comentários classificativos de muitas pessoas, oriundas de vários sectores da sociedade. Como tal, aspiram a alcançar o estatuto de ‘grande tolice’. Umas são engraçadas e ‘saudáveis’, outras dão ‘pena’ ou produzem a ‘vergonha alheia’. Há as simplesmente ‘inócuas’, e as perfeitamente ‘injustificáveis’. As piores, são as tolices ‘condenáveis’, porque prejudicam moral ou materialmente a terceiros.
Desde as macacadas do público frente às câmaras, no Tour de France ou na Vuelta (o homem-diabo e aqueles que correm ao lado dos ciclistas, gritando-lhes aos ouvidos); ao wrestling. De qualquer intervenção da Paris Hilton, ao charuto do Isaltino de Morais (o exemplo clássico da pessoa que crê ter alcançado um ‘status’ do qual certos adereços fazem obrigatoriamente parte como símbolo); do mau gosto artístico da Lady Gagá, com ou sem 8 galardões MTV (quando se promoveu em Portugal seguramente desconhecia o significado de ‘estar gagá’!), à desculpa da ‘tradição’ para manter a ‘posse de armas’, nos EUA, ou para dar continuidade a espectáculos como os ‘touros de morte’, em Espanha e Portugal (se as tradições se tornam imorais, fora de moda, ou injustificadas, mudam-se!); e aos jogos de computador das novas consolas, tipo Wii, que não são totalmente inofensivos porque podem moldar a atitude de toda uma geração de jovens; …
Outras tolices, surgem sob a forma de perguntas: porque é que as apresentadoras de TV se sentam com mini-sáia frente à câmara, obrigando-se a cruzar as pernas de forma tão desconfortável?; ou ‘porque é que os pés dos pinguins não congelam?’ (esta deu mesmo origem a um livro).
Os exemplos são tantos e tão ricos que resolvi fazer do tema a base da minha actual tentativa de completar um livro. Nele, falo de alguns recordes de precocidade batidos por crianças de 5 a 11 anos de idade, em provas de maratona, dos excêntricos recordes do Guiness, e de concursos populares como o ‘lançamento da bota’, o ‘lançamento de legumes com zarabatana’, o campeonato de ‘comedores de urtigas’, a ‘reverse running’ (corrida para trás), o do ‘homem pássaro’ ou o famoso ‘cheese rolling’…. Analiso o fenómeno do ‘balconing’ e outras histórias de azar. Os caprichos mais vergonhosos, e os escandalosos abusos de autarcas e políticos, que normalmente deixamos cair no esquecimento… Tudo coisas tolas!
Já agora, desafio-vos a que me enviem a história daquela que, na vossa opinião, consideram a ‘Maior tolice do Mundo’ (se possível com referência a data e local do acontecimento, ou meio de comunicação onde foi divulgado), para zgiraldes@hotmail.com.
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