A sexualidade feminina contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da linguagem. Parece uma crónica tirada da ‘Caderneta de cromos’ do Nuno Markl, mas não é! Na verdade tem uma ampla base científica o que a seguir vou transmitir (numa adaptação dos textos do divulgador científico espanhol, Eduardo Punset). E começa bem, mas não tirem conclusões antecipadas: “a fêmea humana é a que mais tempo desperdiça em praticar sexo em todo o planeta”. O termo ‘desperdiça’, empregado por ele, será aqui uma questão de opinião, pensarão algumas! Mas é que, ao contrário de todos os outros animais, os hominídeos fêmea eliminaram “a informação que poupava tempo, ocultando o momento da sua ovulação - o sinal de ‘estou pronta para o sexo’. É como se a mulher, para conseguir tempo do homem, se negasse a dar essa informação correcta ou tivesse evoluído para não poder dá-la. (…) A mulher necessitou que o homem lhe dedicasse tempo, porque o tempo se traduz em energia, em aprovisionamento, em carne, em ajuda com os filhos (neste aspecto, é provável que alguma leitora já esteja a esboçar um sorriso)… Em lugar de sinalizar a ovulação durante um período breve, ocultou-a e, em lugar de evitar a coincidência do seu ciclo com o resto de mulheres, passou a sincronizar inclusive a ovulação (para acabar com a competição) … o pior custo para a mulher é que teve que converter-se numa máquina sexual a todas as horas. Assim, a mulher evoluiu para poder praticar sexo em qualquer momento do seu ciclo hormonal”.
“Esta revolução sexual levada a cabo pelas fêmeas nos alvores da nossa evolução como espécie estaria na raiz do nascimento do conjunto de leis que deram segurança ao grupo, reduziram o stress e a desconfiança e fizeram possível a aparição da linguagem”! A‘Eva’ levou a água ao seu moínho e a traição da maçã foi por uma boa causa...
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