Os Estados Unidos da América são o país com o maior número de reclusos: têm 2 milhões de presidiários, e muitos (7 em cada 10, no caso da Califórnia) são designados de “passageiros frequentes” porque reincidem. Um membro de um gang, tatuado, esteve preso 96 vezes. Muitos não têm nada lá fora e, ao sair, recebem 180USD para refazer a vida ou, como bilhete de volta!!!
A China, há 50 anos era um país pobre; há 15 anos era ‘emergente’; no ano passado passou a ser a 2ª economia do mundo; agora, a crise internacional e consequente redução de encomendas obrigou ao encerramento de fábricas. Só no delta do rio da Pérolas existem 35 milhões de desempregados… (Histórias do Mundo, SIC, 26.11.10). Em Portugal, a Caritas aumentou o número de pessoas a quem presta apoio de 5.000 para 62 mil (dia 15 Nov.) e considerou que os casos de pobreza aumentaram 30% este ano.
Enquanto o economista George Soros anunciava (em Junho) que a China iria “liderar a recuperação económica …”, e o mundo esboçava um sorriso por os americanos começarem a provar o amargo do seu próprio remédio (ao ver emergir uma economia que pode superar a deles), eu acrescentei numa crónica deste blog, em Julho, que provavelmente a China iria liderar também o próximo crash…: “O crescimento anual de dois dígitos da China pode bem vir a provocar o próximo ‘crash’ global pois não é possível sustentá-lo indefinidamente. A China corre o risco de se tornar na vítima do seu próprio crescimento descontrolado, e com ela arrastar toda a economia mundial! O mundo está repleto de exemplos de coisas que ultrapassam as nossas medidas e capacidade de domínio. A ambição desmesurada do Homem é, frequentemente, a causa da sua própria ruína”.
Se alguém do governo PS ou algum apologista do neo-liberalismo lê-se este texto, sem dúvida falaria de discurso alarmista e de fatalismo e que o que é necessário é ‘dar confiança aos portugueses’… mas isso são as sopinhas mornas a que estes ‘dirigentes da nação’ e amigos da ‘privatização dos lucros e socialização dos prejuízos’ nos querem habituar para continuar a viver no irrealismo do seu alto pedestal! “Esta gente está protegida e não faz esforço nenhum”, disse Macário Correia (RTP, 27.11.10), referindo-se aos defensores do regime de excepção para altos quadros de empresas públicas, no que concerne à aplicação de reduções salariais de 5%! “Sobram exemplos de até que ponto os dirigentes políticos e os líderes sociais se limitam a gerir a ignorância dos outros”, escreveu Eduardo Punset.
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