segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chouriços e políticos - Crónica 49

As palavras referem-se a temas abordados em ‘As Manias da Paula e as Maiores Tolices do Mundo’ - sinopse e encomendas em http://www.bubok.pt/livros/4919/As-Manias-da-Paula-e-as-Maiores-Tolices-do-Mundo -, não que haja semelhanças, entenda-se!
Os seguintes nomes de políticos, autarcas, empresários, jornalistas, humoristas, etc. são os dos portugueses mencionados neste livro – alguns deles nem sempre pelos melhores motivos...
Alberto João Jardim, Alberto Martins, Álvaro Barreto, Amadeu Garcia, Américo Amorim, Ana Sá Lopes, Ângelo Correia, António Costa Pinto, António Gomes, António José Seguro, António Mendonça, António Mexia, Armando Vara, Bruno Nogueira, Carlos Daniel, Carlos Malato, Carlos Melancia, Carlos Mendes, Carvalho da Silva, Catalina Pestana, Catarina Furtado, Catarina Madeira, Clara Pinto Correia, Clara Ferreira Alves, Daniel Bessa, Daniel Oliveira, Dias Loureiro, Eduardo Prado Coelho, Elisabete Alves, Fátima Felgueiras, Fernando Alves, Fernando Gomes, Fernando Mendes, Fernando Pessoa, Fernão de Magalhães, Ferreira do Amaral, Filipe de Button, Francisco Louça, Henrique Raposo, Herman José, Isabel Tavares, Isaltino Morais, Jerónimo de Sousa, João Baião, João Cravinho, João Marques Vidal, João Pinto e Castro, João Silvestre, Jorge Coelho, Jorge Gabriel, Jorge Viegas Vasconcelos, José Alberto Carvalho, José Eduardo Moniz, José Fragoso, José Rodrigues dos Santos, Judite de Sousa, Luis de Mascarenhas Gaivão, Manel Tavares Silva, Manuel Alegre, Manuel Ferreira Oliveira, Manuela Moura Guedes, Marcelo Rebelo de Sousa, Márcia Galrão, Marinho Pinto, Mário Crespo, Mário Soares, Miguel Macedo, Miguel Portas, Miguel Sousa Tavares, Moita Flores, Nicolau Santos, Nuno da Câmara Pereira, Nuno Markl, Paulo Morais, Paulo Portas, Paulo Rangel, Pedro Afonso, Pedro Barros Costa, Pedro Mexia, Quico Tavares Silva, Rita Silva, Rui Goulão, Rui Pedro Soares, Rui Ramos, Sofia Pinto Coelho, Susana André, Teófilo Santiago, Vale Tudo Azevedo, Valentim Loureiro, Vicente Jorge Silva, Zeinal Bava, Zé Sócrates!
(Chorizo, designa também um ladrão, em espanhol)
Foto: 'Jamón' Ibrérico que de tão velho já tem verdete e cheiro a bafio... publicidade enganosa como... a política!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

As Manias da Paula e as Maiores Tolices do Mundo - Crónica 48

Trecho do novo livro (sinopse e encomendas: http://www.bubok.pt/livros/4919/As-Manias-da-Paula-e-as-Maiores-Tolices-do-Mundo ):«O Grupo de Lisboa já advertira, nos anos 90, para a necessidade de impor ‘limites à competição’ (o título do livro). Geraint, convencido de que “todas as formas de competitividade derivam de sentimentos de inadequação e insegurança...”, explica (em ‘Cityboy’) como essa mesma competitividade “está a lixar este lindo planeta”. As conclusões das entrevistas de Richard Conniff (em ‘História Natural dos Ricos’), expuseram as estranhas condutas exibicionistas dos detentores de riqueza. A investigação de David Owen, identificou as discapacidades dos decisores. Os relatórios de Malcolm Gladwell (em ‘Tipping Point’) evidenciam como o mal causado por uns poucos pode infligir consequências tremendamente negativas a tantos outros (regra 80/20). Os dados apresentados por Richard Wilkinson e Kate Pickett (em ‘The spirit level’) demonstram claramente o porquê de a ‘igualdade ser melhor para todos’ (o sub-titulo do livro)...
Se nos lembrar-mos da herança das décadas de ditadura paternalista vividas em Portugal e se a todos estes dados somar-mos: a falta de ética dos políticos e o “desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público”; a actual “asfixía democrática” (M.F.Leite) e a “contemporização com as ‘faltas’ das altas individualidades” (pelos cidadãos e pela Justiça); a referida sociedade “entranhada e nepótica” que serve a clientelas, e a postura impositiva do ‘eu quero, posso e mando’ que impera no sistema de Justiça (e na Administração Pública em geral), em vez da lógica de serviço ao cidadão (Marinho Pinto, TSF, 14.11.11); aos números que reflectem uma sociedade doentia com baixos níveis de ‘felicidade’, então talvez tenhamos a explicação dos desenvolvimentos que oprimem e tolhem a capacidade de participação dos cidadãos, transformando e descaracterizando o país (que apresenta uma visível falta de mobilização, de iniciativa e até de personalidade – refiro-me à expressividade de um povo reflectida, por exemplo, na alegria das suas manifestações populares, que definem a sua cultura), e o porquê de se estarem a criar as condições “que favorecem uma decadência neuronal colectiva...” (Pedro Afonso)! Isto não é mera especulação. Hoje sabemos que o stress massivo imposto a animais (em experiências com ratos e babuínos) pode afectar inclusive o tamanho de regiões cerebrais como o hipotálamo (envolvido no controle de emoções, actividade sexual, fome, sede, humor, entre outras). Nos humanos há ainda que somar que situações de stress psicológico prolongado não só afectam a sua maturidade como podem causar a sua regressão.
Agora, se quisermos averiguar as consequências da ‘injustiça’ e da ‘infelicidade’ que daqui pode resultar, podemos recorrer a Frederick Douglas (1886) que escreveu: “Onde a justiça é negada, onde a pobreza é forçada, onde a ignorância prevalece e onde qualquer classe que seja é feita para sentir que a sociedade está numa conspiração organizada para oprimir, roubar e degradá-la, nem pessoas nem propriedade estarão seguras”; ou às conclusões de Punset, para quem as pessoas reacionam de forma diversa frente à infelicidade: da “resignação com que se aceita a aniquilação da vontade individual e do pensamento próprio, até à rebelião frente à injustiça”. Em qualquer dos casos, “o preço é muito alto”, seja se se opta por preservar a própria vida, seja se esta é posta em risco para “conseguir quotas de liberdade e de justiça mais amplas”. Também Geraint alega que “este sistema está a destruir o mundo” e as pessoas, e que ao consumir-mos mais e mais e ao criar “maiores disparidades na riqueza” isso “só pode terminar em derramamento de sangue ou em desastre ambiental”.
Insegurança, resignação, aniquilação, rebelião, desastre... , são alternativas demasiado ‘pobres’ no século XIX, não te parece? Isto é muito preocupante!»

Foto: Cheese rolling no Reino Unido (os concursos são um dos temas abordados)